sábado, 5 de fevereiro de 2011

LAÇOS DE FAMÍLIA - COMO MANTÊ-LOS NO MUNDO DE HOJE?






Rosana Ferrari, Mariza Bregola de Carvalho, Rosicler Santos Bahr e Vera Maria Carvalho
As famílias hoje são famílias de duas rendas, e economicamente o trabalho da mulher é uma necessidade e não só uma conquista. A saída da mulher de seu papel tradicional de mãe, não necessariamente provocou a entrada do homem em um papel mais ativo de pai. Os filhos têm "menos mãe e pouco pai".
A sociedade exige dos jovens um preparo cada vez mais intenso para o mercado de trabalho, e as famílias estão preocupadas com o futuro profissional de seus filhos. Para instrumentá-los, os pais esperam que os filhos enfrentem a profissionalização desde cedo, introduzindo na vida deles muitas atividades extra-escola, cujo objetivo é o de abrir portas para o futuro. As crianças têm muitos afazeres, os jovens têm várias atividades, os pais têm muito trabalho e pouco tempo. O resultado é o menor convívio entre pais e filhos, a diminuição do contato e da intimidade, e o afrouxamento dos vínculos de afeto que sustentam as relações familiares.
Para enfrentar a violência urbana e as drogas, os pais protegem seus filhos adolescentes, levando-os a toda parte, mas não quer dizer que estejam mais perto deles. Os filhos não querem a proteção que representa controle sobre eles.
Como enfrentar este distanciamento e estreitar os vínculos da família, para que ela cresça e amadureça junta?
Conviver em família pode ser um desafio, mas quando o convívio é bom todo mundo gosta. Ter uma refeição por dia juntos ainda pode ser tentado. Nesta hora, é possível cada um contar sobre si, sobre seus interesses e conquistas. Não é hora para brigar, e sim para se encontrar.
Ter um almoço ou jantar de fim de semana no lugar onde todos gostam ou onde a cada vez um membro da família escolhe, pode tornar-se um ritual que a família vai curtir. Mas ele só vale se houver negociação para que todos tenham a chance de alguma vez escolher. Isto vale para pai e mãe também.
Fazer algo juntos é uma forma bem positiva de conversar e estar perto. Pode ser artesanato, caminhada, algum esporte, ou o que quer que a família tenha em comum.
Enviar uma mensagem de carinho pelo celular durante o dia, para cada um, é uma forma de ser lembrado e de se fazer presente. Os pais executivos, que viajam muito, têm que exercitar formas de educar à distância. Isto vale para pais e mães muito ocupados também. Telefonar dizendo que está com saudade não leva mais de dois minutos, e pode ser feito enquanto se corre na esteira, se toma um cafezinho ou se aguarda a próxima aula. O que pode ser feito em um minuto para demonstrar afeto?
Beijar, abraçar, bater no ombro e dizer que o filho é um cara legal, elogiar, dar uma palavra de estímulo vale bastante, não demora, e o efeito dura para sempre.
Mandar um e-mail durante o expediente pode ser feito de forma rápida, e deixa uma mensagem que vai ecoar por longo tempo. A tecnologia está aí para ser usada a nosso favor e não contra nós. Reduzir o número de TVs em casa pode ser uma boa, mas se não der, pode-se criar a hora da TV desligada, a hora do chá ou do sorvete.
A finalidade de tudo isto é uma só: reforçar os vínculos de afeto da família. Todos vão gostar e querer mais da próxima vez.
Coordenação do INTERCEF – Instituto de Terapia e Centro de Estudos da Famíli

2 comentários:

  1. Família, ainda, é a base de tudo. E hoje o conceito família foi ampliado a nucleos familiares formados por filhos e mãe, filhos e filhos do segundo casamento mais mãe e padrastro, filhos e pai, filhos e "pais", filhos e "mães". Acho que independente da composição familiar, o que vale são as regras morais repassadas aos filhos.
    ;)

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  2. ola obrigado por utilizar meu desenho ,abraços


    CAS

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